Incluir é bom para todos


Logo que comecei a elaborar a minha falar, de hoje, eu pensei que a gente poderia olhar para a temática do reconhecimento da existência social das pessoas com deficiência  de uma forma mais ampla. A primeira tarefa dessa nossa conversa é pensar porque a gente tende a roubar, da gente mesmo, a experiencia de ter na convivência  com o outro como uma experiencia esquecedora e transformador para mim? A gente tende a imaginar que a inclusão traz beneficio apenas para as pessoas com deficiência. Nessa nossa conversa, eu gostaria que a gente aguçasse nossa visão no sentido de percebemos a experiencia inclusiva como um processo de aprendizado humano mutuo. Por que a convivência com alguém que  tem alguma deficiência precisa ser, necessariamente, algo chato?
Em um momento em que os rancores estão tão a flor da pele , em que esse ‘EU’ vem tão em primeiro lugar, falar sobre a inclusão é antes de tudo um exercício humano cada vez mais necessário  . No cenário social em que a intolerância lamentavelmente apequena a nossa visão do outro. Creio que o compromisso com a inclusão de uma parte da sociedade que, historicamente foi, e ainda é colocada do lado de fora da existência, é algo muito necessário. não apenas por uma questão social. mas sim  na medida em que me move em direção ao meu semelhante e me sugere um novo modo de ver esse meu semelhante.
Hoje , lamentavelmente a gente vive num cenário social em que o ‘EU’ tornou-se quase absoluto . a gente está perdendo a capacidade  de ‘ser próximo do meu próximo.’ Essa, talvez seja a grande deficiência que , como sociedade, estamos vivemos. A palavra da moda hoje é tolerância, isso significa dizer que o máximo que estamos dispostos a ser com alguém que  esteja dos meus padrões de perfeição é tolerar . olhem o absurdo para que estamos caminhando . uma sociedade de pessoas que apenas se toleram é uma sociedade doente. 
Por isso, a mensagem da inclusão , ou seja, do acolhimento o outro pelo simples fato de sermos semelhantes e habitar a mesma espécie  me parece ser uma questão de capacidade de ‘ser’ humana de interagir com seu semelhante. Acredito que, a inclusão das pessoas com deficiência traz em si, uma questão da qualidade da nossa humanidade, do tipo de sociedade que queremos construir, quem queremos ser. 
Há cerca de dois anos  estou vivendo uma das experiencia mais enriquecedora da minha vida. Eu sou autor de teatro e coordeno uma oficina de teatro inclusivo arte viva que , atualmente integra o corpo de voluntários no Instituto  caminhos do coração. Essa vivencia com meus alunos ditos ‘especiais’. É muito profunda para que eu entenda a grandeza humana do processo inclusivo. Após ter esse contato denso com as limitações , mais a cima de tudo , com as potencialidades dos meus alunos eu passei a ter uma visão mais urgente a respeito da inserção social dessas pessoas , bem a valorização delas como individuo . eu, que desde os 20 anos venho tendo uma atuação no debate sobre a inclusão das pessoas com deficiência tenho, agora uma concretude sobre a importância de construímos uma sociedade inclusiva
Hoje, quando eu penso, sobre a inclusão das pessoas com deficiência , eu coloco esta questão como uma possibilidade de reconstruí uma sociedade mais humanizada, que olhe para o outro com o olhar acolhedor, de aceitação e , sobretudo de abertura para aprender com esse individuo . o grande mérito da inclusão  é refazer nossos sentidos: Os colocando- não mais- virados para os nossos próprios umbigos ,mas sim para olhar para o outro , vendo neste outro.
Nesse sentido , o que o trabalho da oficina arte viva, realizado pela associação objetivo  de deficiente produzir novos sentido humano sobre esse jovens. O trabalho  que , eu e os atores Jairo santos e william Paula, é possibilitar ferramentas culturais e sociais 

Postar um comentário

0 Comentários