inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho

foto: Paula Johas
A inserção no mercado de trabalho é um desafio para a maioria das pessoas com deficiência. O preconceito e a descrença na capacidade são alguns dos obstáculos a serem vencidos. Para tentar diminuir este distanciamento entre pessoas com deficiência e o mercado de trabalho, a Prefeitura do Rio criou a Gerência de Inclusão no Mundo do Trabalho (GIT), da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência. Eles atuam na qualificação profissional dessas pessoas e na sensibilização do empresariado em torno da empregabilidade. Em 2015, duas mil pessoas foram atendidas e 700, inseridas no mercado de trabalho.
Para participar, a pessoa precisa ir ao Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência (Ciad), munido de identidade, comprovante de residência, carteira profissional e laudo médico atualizado, com tipo e grau de deficiência. Caso não possua carteira profissional, o documento poderá ser emitido no posto da Secretaria Municipal de Trabalho, que funciona no próprio centro. Após a inscrição, o candidato passará por uma entrevista para que sejam analisadas suas aptidões e assim, verificar de que forma ele poderá ser inserido no ambiente de uma empresa. Com base nesses dados, o programa busca encaminhar esta pessoa com deficiência às empresas parceiras, que por sua vez passam por um processo de sensibilização antes de receber esse novo funcionário.
- Grande parte das pessoas que procura o serviço tem entre 20 e 40 anos. Primeiramente, o candidato passa por uma entrevista em que é visto a questão da funcionalidade física e motora dele, além da documentação. O laudo médico atualizado é importante para que possamos averiguar o tipo e o grau da deficiência – explicou a gerente do programa de Inclusão no Mundo do Trabalho, Flavia Rocha.
Alguns jovens passam pelo treinamento em serviço. O curso tem duração média de seis meses a um ano. Para isso, o programa conta com a parceria da Secretaria Municipal de Trabalho e de instituições de ensino que oferecem cursos de treinamento e de qualificação profissional.
- O treinamento em serviço é um projeto que visa oferecer às pessoas com deficiência o ensino de algumas práticas comuns ao universo corporativo. A proposta, especificamente, nesse período preparatório, é que eles adquiram os conhecimentos básicos do ambiente do trabalho, como, por exemplo, o sentido de hierarquia para, então, serem inseridos nas empresas – comentou Rocha.
De acordo com a gerente, o nível de escolaridade dos jovens com deficiência tem melhorado nos últimos anos. A maioria dos candidatos já cursou o ensino médio.
Luís Felipe Fernandes, que tem paralisia cerebral, participa do programa há seis meses. Ele ainda está na fase de treinamento preparatório para ser inserido no mercado de trabalho. Atualmente, participa do curso de informática, que acontece no próprio Ciad.
- Eu faço curso de informática e de auxiliar de escritório. Faço um pouco de tudo: tiro xerox, arquivo documento – contou Luís.
Já Brayan dos Santos Guimarães, 21 anos, trabalha há nove meses na parte administrativa de uma operadora de saúde complementar. Segundo ele, o aprendizado obtido no programa está sendo importante na sua rotina de trabalho, como dar baixa nas guias de pagamento, fazer planilhas e, mais recentemente, além da parte burocrática, atuar no setor de atendimento, falando dos benefícios e da firma.
- Antes de participar do programa, eu já tinha procurado emprego em algumas empresas. Chegava até a participar dos processos seletivos. Mas, quando eles percebiam que eu tinha deficiência visual, eles me eliminavam. O preconceito era um obstáculo aparentemente intransponível – disse Brayan.

As empresas interessadas em participar do programa de Inclusão no Mundo do Trabalho, da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, podem entrar em contato com a GIT, pelo telefone 2224-1935. Mais informações sobre o programa de Inclusão no Mundo do Trabalho ou, qualquer outra atividade realizada naquele espaço são obtidas pelo telefone 2224-1300. 

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