As representações culturais sempre apresentaram as pessoas
com deficiência de forma desfavorável, via de regra as peças de teatro e o
cinema mostraram esse segmento de maneira passiva e negligenciando o
protagonismo social. A motivação do trabalho da “Associação Objetivo de
Deficientes” é tentar reverter esse cenário de mudez cultural em que a pessoa
com deficiência sempre esteve inserida, propondo uma nova conjuntura
sociocultural através das nossas peças teatrais e eventos. Agora, através da
parceria com o grupo “Desenrolo no Cinema” do produtor Roberto Melo, a promoção
de uma cultura inclusiva ganhou mais força, para que haja uma efetiva
interatividade entre pessoas com e sem deficiência. Nesse período relativamente
pequeno, a Objetivo já produziu o “Simpósio de Cultura Inclusiva”. Em 2013, o
evento fez sua segunda edição, revelando a criatividade e potencial artístico
das pessoas com deficiência e sendo uma vitrine para que essa pessoa possa,
através da sua arte, dizer quem é, o que pensa etc. No momento, o projeto
volta-se para a produção do curta-metragem “Daniel e Mariana”, que nasce da
parceria com o Desenrolo no Cinema. O grupo, assim como a nossa entidade,
realiza um trabalho de fomento ao surgimento de novos grupos produtores de
cinema, resolveu produzir um curta que retrate o contexto sócio familiar das
pessoas com necessidade especiais. O curta-metragem “Daniel e Mariana” é
baseado no texto teatral “Meu irmão” de minha autoria, que foi encenado pela
primeira vez pelo o grupo de uma escola de Portugal. Apesar de o trabalho da
Objetivo ter somente dois anos, eu e o meu amigo, o ator Jairo Santos já
tínhamos um trabalho teatral voltado sobre a temática Inclusão. Nosso primeiro
trabalho foi “O menino que falava com os pês” de 1998 , que tem como temática
central a inserção escolar de um jovem com paralisia cerebral. O espetáculo se
tornou um musical em 2004 e a nós estamos buscando patrocinadores que nos
possibilitem retornar com esse trabalho que já fez com que centenas de
educadores voltasse seus olhares para a necessidade de se ter a inclusão de
alunos com necessidades especiais como uma questão de cidadania, que deve
envolver toda a sociedade.
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