Enquanto todos os
segmentos do terceiro setor atuam em redes de interação entre as diversas
entidades, os ‘donos’ do movimento das pessoas com deficiência preferem
continuar na idade média dos movimentos sociais. Irei começar esse texto relatando' um ''fato que na minha visão simboliza de maneira latente a pequenez de nossas
entidades: há cerca de seis meses , precisei de um ilustrador para me auxiliar
na feitura de um livro infantil que eu roteirizei, meu primeiro impulso foi
procurar alguém tivesse algum tipo de deficiência; mas ao convidar duas pessoas
me deparei com respostas que jamais imaginei ouvir: Ambos me disseram que a
Associação da qual eles faziam parte os impediam de realizar trabalhos que não
sejam em beneficio da tal entidade.
Esse fato é cabal para revelar o cenário medieval e na contramão do bom
censo e daquilo que esta entidade julgam defender . no momento em que ate mesmo no setor
empresarial , onde há um ambiente naturalmente competitivo, se compartilha conhecimento,
tecnologia etc e que, no terceiro setor
vivencia essa troca a mais tempo e com intensidade. É triste constatar que o
segmento das pessoas com deficiência ainda se pauta por ações isoladas, não
compartilhadas nem entre elas mesmas.
Via de regra , as associações entidades
que deveriam os primeiros a promover a
tão decantada ‘inclusão’, mas parece feudos em que o ‘poder’, a retórica não é
democratizada , pelo o contrario. O movimento das pessoas com deficiência é
Notadamente um dos mais verticalizados dos movimentos sociais. Dá para entender porque enquanto o movimento negro e
GLBT aparece na mídia reivindicando seus direitos , nós aparecemos nos ‘teletons’
da vida.
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