O espaço mediastino no contexto pós-moderno se tornou o grande palanque no qual os grupos minoritários buscam visibilidade bem como sua legitimação no plano sócio e político.Por sua vez , a mídia representa estes grupos segundo os conceitos tradicionais ,cristalizando estereótipos enraizados no subconsciente coletivo. No âmbito da pessoa com deficiência a grande mídia mostra-se dicotomia reafirma essa constatação, nesse texto vamos começar a compreender como e por que esse processo ocorre .
Considerando o fato de que os meios de comunicações tendem a ratificar o pensamento predominante no seu discurso , somos obrigados a estender nossa analise á questão da Deficiência em seu aspecto social. como essa sociedade vê e representa o conceito de deficiência ? Como esse conceito é tratado Cultural e socialmente ? A raiz da compreensão das causas do preconceito, seja no enfoque mediastino seja em qualquer outra estância estar o conhecimento profundo de que significações o conceito , a palavra deficiência e o que ela gera nessa coletividade ?
Preliminarmente vamos vê que a deficiência, como símbolo, mexe com três tabus : a incapacidade Produtiva; a debilidade mental e física e a questão sexual . A imagem que se tem desta pessoa estar ligada ao mito da impossibilidade nesses três níveis que , por si fundam no ideário coletivo como grandes impedimentos a uma existência social . Este pensamento expõe a condição de discriminação com que a pessoa com deficiência traz no plano imaginário , no qual a mídia e principalmente a tv atuam de forma imperativa .
Porem , em contraponto a esse mito do imaginário coletivo, existe no plano real um grupo dessa mesma sociedade “os portadores de deficiência ‘ que de uma forma ou de outra , precisam ser legitimado . Ao se deparar com essa necessidade a sociedade opta por configurar um padrão o qual ela reconhece como aquele que , na visão dela, tem condições de ser incluso , de participar do processo sócio, político e econômico e outro a quem ela julgar totalmente incapaz de ter voz nesse contexto .
A mídia então potencializa esses dois estereotipo nas vezes em que os veículos de comunicação tem que falar dessa parcela da população Isso ficar bem claro na imagem propagada dos deficientes nas maioria das vezes que tende Ou há um heroísmo : ‘’ aquele super exemplo de virtudes’’ ou se cai no tradicional paternalismo :
A grande questão que se evidencia é , justamente , a incapacidade dessa sociedade e dessa mídia em dialogar com a pluralidade de enf0ques contidos nessas pessoas e que devem ser explorados , não apenas , nas matérias , entrevistas e reportagens que são produzidas sobre as pessoas deficiente é preciso que a midia e seus profissionais se relacionem com esse endivido que colocamos no ar de uma forma humana , focando suas idéias e não sua condição física .
Como pessoa deficiente e estudante de comunicação social. Creio que ao pretender estenotipar essa pessoa a mídia se divorcia de seu próprio preceito de ser um espaço onde o contraditório afora e onde a sociedade se reconhece na sua diversidade . Em pese o fato do discurso mediastino ser padronizado este , entretanto , não pode se cristalizar no tradicionalismo cujo empobrece não somente os veículos bem como, a nós , profissionais que nela atua.
O profissional da mídia não se permitir prender nessa teia de conceitos , preconceitos e esteriotipos que colocam determinados grupos e indivíduos num plano superficial . Temos que ter possibilidade de fazer com que o publico de defronte com a ‘’pluralidade humana’’ . É diminuir a função dos meios de comunicação se tentar mostrar deficientes apenas como coitados ou heróis , negros como marginais ou pagodeiros e tantos outros exemplo dessa dicotomia midiastico .
Cabe a nossa capacidade criativa tentar conceber programas e matérias que tragam as pessoas deficientes para o contexto humano , social , como pessoas que estão imersas numa sociedade e não fora dela como extras terrestres . Imaginar que em 2006 , com a gama de possibilidades de informação que temos , ainda pautamos nosso olhar em estereótipos de 20 anos atrás é não acreditar em nossa capacidade de, enquanto agentes dessa midia e dessa sociedade , em criar novos paradigmas, tanto da comunicação como no da sociedade que fazemos parte .
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