Sempre que fala-se na temática
inclusiva e, sobretudo da promoção da cidadania das pessoas com necessidades
especiais, sempre fica no subterrâneo das retoricas apresentadas a nítida ideia
de que apenas o segmento das pessoas com deficiência seriam beneficiadas por
essa remodelação sociológica. Há um pensamento que, ate hoje infelizmente se
mantem vivo , e bem vivo , que relaciona a inserção social de 13% da população
brasileira como algo que impacta apenas esse segmento. Essa ideia é falsa,
manca. Pois, não leva em conta uma gama de fatores, que na minha opinião
diminui a compreensão da relevância da temática inclusiva no contexto social.
Pensar numa sociedade inclusiva é,
inexoravelmente, pensar em cenário
sociológico em que o exercício da cidadania seja, de fato, facultado a todos. E
mais, ter por principio ético a inclusão de todos a educação, ao lazer, a vida
produtiva – dentro obviamente das possibilidades e aptidões de cada individuo –
é eleger como centro gravitacional da preocupação coletiva, a pessoa. O
individuo na sua integridade. Trazendo esse nosso papo para o cotidiano ,
quando, por exemplo , tornamos o espaço urbano acessível a uma pessoa que faz
uso de cadeira de rodas, ou a um idoso com mobilidade reduzida , a uma mãe que
necessita caminhar com seu filho no carrinho ou em qualquer outro caso com essas
características estamos escolhendo como centro das preocupações coletivas,
sociais e politicas, o cidadão , a pessoa.
Quando tirando a temática
inclusiva do gueto e a damos a relevância que ela, de fato tem, constatamos que
podemos analisar o gral de desenvolvimento de um País pode ser aferido pelo
tipo de posicionamento que a coletividade que constitui aquele País tem, não
com ‘as pessoas com deficiência’, mas com individuo. É esse o centro da questão
inclusiva. É vital fundamentar essa temática não a um segmento - é tola essa
visão- o imprescindível é ter o
principio da inclusão revestido a promoção da existência humana na sua plenitude
e, de uma radicalidade ‘sadia’ pelo individuo.
Nesse cenário, a visão que
teremos que de ter sobre o debate sobre uma sociedade inclusiva ganha a dimensão
que deve ter. A dimensão de um debate
sobre que sociedade queremos ser, como essa sociedade quer se relacionar com o outro,
seja esse outro quem for.
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