Paralimpíadas estimulam o respeito às diferenças e valorizam a igualdade

Uma das mais importantes heranças dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 é o estímulo que o evento proporciona na mudança de atitude em relação à pessoa com deficiência. Mais que respeitar as diferenças e valorizar a igualdade, os Jogos mostram as potencialidades dos para-atletas, que se tornam os principais protagonistas dos esportes no mundo. A presença maciça do público superou as expectativas do Comitê Paralímpico Internacional, que calcula em mais de 2,5 milhões o número de espectadores nos locais de prova, e de 4,5 bilhões de pessoas em todo o mundo.
A preocupação com a acessibilidade das pessoas no Parque Olímpico, Complexo Esportivo de Deodoro, Sambódromo, Copacabana e outros locais de prova mostraram que os projetos garantiram espaços mais democráticos. No Parque Olímpico, famílias inteiras foram prestigiar os competidores, ajudando a compreender melhor a importância da promoção dos direitos da pessoa com deficiência. Um exemplo disso é Ericsson Machado Fernandes Junior, que mora em Marechal Hermes, e levou a família para assistir às competições de esgrima no Parque Olímpico, na segunda-feira (12/09). Para ele, as competições têm um caráter positivo na educação das crianças. Ele e a esposa levaram os filhos Ericsson Neto, de 10 anos, e Elisa, de cinco.

— Eu vim com a minha família para conhecer o Parque Olímpico. Mas, sem dúvida, a maior motivação é justamente prestigiar a capacidade de superação dos para-atletas. Eles são incríveis. Esse exemplo de superação é muito importante para as crianças. A gente fez questão de trazer nossos filhos, porque o maior ensinamento que a gente pode dá aos nossos filhos é mostrar que todos podemos alcançar nossos objetivos com obstinação e luta e esses atletas são a prova viva disso — disse. A cadeirante Ana Beatriz Viana, que trabalha na organização do evento, elogiou a acessibilidade no Parque Olímpico:
— Gostei muito da acessibilidade do Parque Olímpico e das arenas. Eles fizeram rampas de modo que nós que utilizamos cadeiras de rodas temos total acesso. Moradora de Niterói e hospedada num apartamento perto do Parque Olímpico, Ana contou que vai para o trabalho de carro, mas reconheceu que houve avanço na acessibilidade no transporte coletivo:
 — Eu dirijo, e venho trabalhar no meu carro, mas eu tenho amigas cadeirantes que vêm de transporte coletivo. Eu acho que com as paralimpíadas as coisas tendem a melhorar. Temos muito ainda a que evoluir, principalmente ao que diz respeito ao transporte público, mas a visão que as pessoas têm das pessoas com deficiência sem dúvida vai mudar muito. O público tem vindo assistir às competições e isso, certamente, gera uma nova percepção.

O fotógrafo Eduardo Riganelli, de 60 anos, que trabalha como voluntário nesta edição das paralimpíadas, disse estar realizado em participar dos Jogos.
  — Eu quis ser voluntário para poder ficar perto desses atletas, que dão exemplo de força de vontade e de garra e poder ajudar a toda essas pessoas que fazem esforço para participar do esporte. Eu me sinto muito feliz de participar do Jogos Paralímpicos. 

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