A cidadania substancia de uma inclusão real

O debate da inclusão das pessoas com necessidades especiais deve, na minha avaliação,  se fundamentar em um posicionamento critico e atuante sobre a cidadania desse segmento da sociedade brasileira. O que percebo, via de regra, é quando discutimos temos a preocupação de ‘agradar ‘ a gregos e troianos’, a não entrar em conflito com temas centrais em relação ao reconhecimento da cidadania e de uma efetiva participação das pessoas com necessidades especiais  . 
Para não ficar no bra... bra... bra... , vou dar o exemplo das cotas no mercado de trabalho que é uma das muitas muletas legais que a gente criou, para remendar um problema que não queremos debater de forma real, sem querer refletir sobre a visão errada que o setor empregador tem sobre a capacidade produtiva das pessoas com deficiência A gente então tenta ‘acomoda’ o tema da empregabilidade dessas pessoas dizendo que elas são ‘ótimas’   empacotadores de supermercados, ajudantes de serviços gerais ou coisas do tipo, nos servicinho que a gente ‘acha’ que dá para ser feito por ele.
Claro que não há nenhum demérito em exercer a função empacotadores de supermercados, o mal é a nossa preguiça em debater uma novas formas de otimize o potencial dessas pessoas no setor p. No lugar de debater as temáticas pertinentes à cidadania de cerca 24 milhões de brasileiros , preferimos tomar atitudes paliativas .   
 Em outras palavras: enquanto a sociedade não  compreender o reconhecimento da cidadania das pessoas com deficiência como um assunto que de impõe um comprometimento  ético , moral de todos nós, enquanto a gente não achar IMORAL um Estado que não dar as mínimas condições para alguém que esteja numa cadeira de rodas, ou faça uso de muletas, ir e vim no espaço urbano, enquanto a gente não ficar eticamente incomodados em saber que certas empresas empregam funcionários com deficiência, apenas de forma formal, para cumprir a famosa cota de 10%¨. Enquanto esses e muitos outros absurdos continuarem sendo aceitos por eu e você, lamento informar que  vamos continuar, comodamente, incluindo ‘Pedras em copos d’águas.’ será que é isso que queremos?
É  impossível pensar num  processo efetivamente inclusivo sem que , esse se fundamente num compromisso ético de todos nós. Não dá para tratar da cidadania de 13% da população brasileira ‘de vez enquanto , apenas durante a novela que,  via de regra, aborda essa temática de forma paternalista : como se a cidadania das pessoas com deficiência fosse uma concessão

Da mesma maneira , a inclusão somente se torna algo real se nas nossas escolas tenhamos educadores efetivamente compromissados com o desenvolvimento humano de seu aluno , tenha deficiência ou não , professores que se sintam incomodados se a escola, onde lecionam não possibilite a um auno  cadeirante, o acesso a todas as suas dependências – os sanitários , as salas de aulas..

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