Programa Especial : cadê a realidade?

Muito são os que criticam o modo que a falta de uma cobertura mais realística, por parte dos profissionais de mídia, no que tange a temática das pessoas com deficiência . a gente vive reclamando que a abordagem dada pela TV , por exemplo , é paternalista etc . mas e quando somos nós , os ‘senhores da inclusão’ , que estamos com o microfone na mão será que agirmos diferentes daqueles que criticamos ?

Façam essa experiência: peguem qualquer pessoa deficiente de outro pais, convide para vim ao Rio, a instale num hotel da Viera Souto e ligue a TV na TVE sábado ás 14h . Ela vai se senti em um paraíso , onde todas as ruas tem rampas e os motorista cantam musicas de natal ao parar seus megas ônibus adaptadas para pegar um cadeirante em cadeira de rodas motorizada. Preconceito? Desigualdade ao acesso aos serviços básicos: Saúde , educação? Isso jamais existirá na Ilha da Fantasia que a ``jornalista`` Juliana de Oliveira e a Produtora NO AR apresentam semanalmente em seu programa especial.

Eu jurei a minha cadela JUJU , que também e pc como eu, que não iria fazer qualquer critica a essa iniciativa pioneira e importante para as pessoas deficiências de ter um espaço na Mídia para falar de nós e de nosso mais diversos problemas, que vão, desde a ridícula posição no mercado de trabalho ate as desumanas condições que muitos deficientes vivem em algumas Instituições ``filantrópicas``. Mas minha paciência tem limite . É claro que exemplos de iniciativas bem sucedidas com pessoas deficiências que , logicamente existem e devem ser divulgadas afinal de contas não sou o correspondente do sitte desgraças.com , mas me nego a ser editor do paisdasmaravilha.br .

Pauta: assuntos de devem ser abordados de forma seria è o que não falta .O programa especial poderia por exemplo fazer uma matéria sobre as dificuldades que TODOS deficientes encontram para tomar um simples ônibus , também não seria mal se a super Juliana de Oliveira fosse a algum hospital publico para vê como estão tratadas as milhares de crianças com deficiências que necessitam de atendimento médico continuado (..)

O que o pessoal da produtora NO AR precisa é, justamente , não ficar tanto ``no ar`` e mais na Terra por certo iriam vê que um programa em tv aberta atinge a todas as camadas sociais e, por tanto, não pode se dar ao desfrute de mostra apenas o que acontece no ``seu mundinho`` , nem todas as pessoas com deficiência moram no Leblon. A vida das pessoas deficiências não pode ser tão mistificada , idealizada quanto quer o programa especial. Seria ótimo para todo mundo se a ``turma do programa especial `` caísse na real e assumisse a responsabilidade que um programa com as características dele deve ter

Enquanto isso o que a gente faz com aquele treta que a gente hospedou na Viera Souto ? ou com os milhares de deficientes, que nesse Pais tem na tv tem sua única fonte de informação ? Vamos continuar mentindo ?

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