Muitas são as causas da ausência da pessoa com deficiência no mercado formal de trabalho. Desde a falta de infraestrutura acessível, passando pela inexistência dum sistema educacional que, realmente, capacite esses jovens para o mercado produtivo e, porque não dizer? O conformismo de muitos deficientes e de suas famílias que devido ao Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (LOAS) que, ao invés de ser uma politica compensatória, acaba sendo um desestimulo a inclusão dessa pessoa ao mercado de trabalho.
Conforme me contou a jovens ‘S’ de 26 anos , que vive em Campo Grande – Mato Grosso . ‘S’ é cadeirante e conseguiu se empregar, mas acabou deixando o emprego por medo de trocar o ‘certo pelo duvidoso‘ – ‘Não poderia trabalhar registrada porque me disseram q perderia meu beneficio’ , confessa ela . Esse mesmo quadro foi encontrado pela professora Catarina Pereira que anos atrais coordenou um programa de capacitação e encaminhamento para o mercado de trabalho, no Instituto Helena Antipof , órgão da prefeitura carioca, que cuida do ensino especial , em parceria com a Firjan. O programa visava dar inseri no mercado de trabalho alunos com deficiência mental leve. No entanto a professora constatava que as famílias desses alunos, jovens de 15 à 18 anos não queriam que esses jovens chegasse ao mercado produtivo por que não queriam perder os ‘dividendos da deficiências desses jovens’.
Na verdade, o Loas se tornou mais uma politica paternalista, necessário sim , em muitos casos , mas que uma vez mal gerido, acabou sendo um entrave a cidadania das pessoas com deficiências . por outro lado temos que fazer uma auto critica : será que uma família que prefere ‘segurar’ um beneficio de um salario mínimo do que ver seu filho inserido no mercado de trabalho não é tão antiética quanto qualquer politico corrupto? Fica a pergunta..
0 Comentários