Pode ser uma visão romântica, mas não consigo ver a atividade jornalística fora de um comprometimento, ético, com desenvolvimento do individuo, com o reconhecimento da cidadania dos mais diversos segmentos ect. O ato de informar a população sobre a realidade que a cerca, é , tem que ser , uma ação inclusiva. Toda via e, diga-se de passagem, ai que a porca torce o rabo, é que na maioria das pautas que ‘presumidamente’ se defende a temáticas da inclusão das pessoas com deficiência , não tem nada de jornalismo.
O hiato entre a temática da pessoa com deficiência em relação é tão grande que, o que assistimos normalmente são matérias planfetárias, politicamente ‘corretinhas’ que parte sempre do mesmo ponto de vista e dão num tipo de assistencialismo ralo que , só serve para a turma da ONG da vez aparecer bem na foto. Uéh, quem disse que o ‘da cadeira de rodas’ tem que ser o bonzinho, o fraquinho que precisa ser defendido dos malvados?
Há casos que sim, há casos que não.
Logico que existe uma vulnerabilidade econômica, social profunda em relação às pessoas com deficiência que precisa ser posta . É patético pensar que um salario menino supre as necessidades vitais de uma pessoas que, muitas vezes , além da deficiência , tem varias doenças decorrentes. Contudo, mesmo nesses casos , não acredito que o enfoque paternalista colabore, de modo estrutural, para qualquer mudança. Por uma razão muito simples: repórter não é assistente social nem irmã de caridade. Isso significa dizer que o trabalho a ser feito não é comprar a briga de A ou B, mas sim mostrar o que estar acontecendo.
Obvio que o repórter que sai as 6h da manhã para , na correria da redação, entregar, ao meio-dia uma matéria editada , boa e cheirosinha , não vai se preocupar com isso . mas, alguém tem que ser chato , e ver as consequências do que produzimos e publicamos diariamente .
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