Emociona mas será que é isso que a gente quer?

Muita gente , inclusive eu , se emocionou ao ver na web um vídeo em que um pai carregar seu filho, que tem paralisia cerebral , nas costas durante uma competição esportiva . o pai ‘ heroi’ leva o filho no colo em todo o percurso e faz as provas (canoagem, ciclismo ECT ) para que o filho – totalmente paralitico –possa vivenciar aquela experiência ... É inegável a beleza das imagens e o amor do pai mas, como eu muito momentos a gente absorve essa, e muitas outras mensagens a respeito das pessoas com deficiência sem fazer uma critica do que de fato está sendo propagado, o grande debate que , na minha opinião , é preciso fazer não apenas diante esse filmete , mas perante a muitas outras situações é: que tipo de visão social está sendo gerada a parti desse filme?
‘Meu pai me ama’ diz a musica que embala o filme que mostra um pai carregando seu filho adulto, diga de passagem , como se fosse um fantoxe , alguém que existe e se realiza parasitando as forças, as emoções, as sensações de outra pessoa , no caso o pai, por certo a essa altura do texto estou sendo xingado por 98% das pessoas que acessaram esse maldito blog , ne mesmo:? Mas se a gente crer que o sujeito com deficiência possa interagir na sociedade a parti de si mesmo, teremos que olhar esse filme e muitas outras posturas que tomamos em relação ás pessoas com deficiências com um pé atrás para não começamos a achar bonitinho que os nossos pais , as pessoas que nos cerca no carreguem na garupa ao longo da nossa existência como fez esse pai , lembrando que quem vai de garupa nunca alcança o guidom da bicicleta
Você achou que eu exagerei? Pirei na batatinha ? pode ate ser. Mas , fiz isso digitando, com o meu pé as teclas do teclado e pensando com a minha própria cabeça tudo isso que voce tem todo o direito de descordar.

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