Todos somos um pouco Bolsonaro


O atual cenário da pandemia mundial, do novo coronavírus, trouxe à luz a nossa pouca responsabilidade com a vida humana, seja na forma insana com que, todos os membros do Estado brasileiro, tem se portado diante  ao problema que poderá ceifar  milhões de vidas, como também na forma irresponsável com que grande parte da população tem se comportado frente ao isolamento social que é a grande arma capaz de desacelerar a curva de contágio do vírus .
Isso nos faz refletir,  sobre os atos do presidente Bolsonaro, que de alguma forma, são criminosos, seja quando não providencia a compra emergencial de respiradores ou quando age como um curandeiro charlatão, recomendando cloroquina , sem nenhuma autoridade médica, ou podemos dizer, com a autoridade de uma ameba ou ainda, quando leva “um século” para construir os famosos ‘hospitais de campanha’ – o que já deflaga a total falta de compromisso do Estado brasileiro com a saúde pública, tendo em vista que normalmente hospitais de campanha são construídos rapidamente e não a passos de tartaruga ( hospitais de campanha são feitos quando algo extraordinário acontece abruptamente, em caso de um cataclisma ou então de um terremoto, algo imprevisível). No caso da pandemia já se sabia, desde dezembro do ano passado que haveria um surto de coronavirus, será que não houve tempo para um sistema de saúde minimamente organizado se preparar para tal evento?
O que ficou evidente, nessa pandemia é que o Brasil dá pouco, ou nenhum valor, a vida humana. Para o empresário brasileiro, vale muitíssimo menos do que os lucros da sua empresa; para os grandes meios de comunicação, vale infinitamente menos do que os ridículos merchandagem  do Padre Alessandro Campos , que mesmo estando num canal de tv ‘católico’, não parou de faturar um dia se quer.
Se porventura a vida humana tem pouca valia para os políticos brasileiros, ela é tratada com igual menosprezo pela grande maioria da população que é incapaz de ficar em casa mesmo com o risco eminente de contágio de um vírus que, na atual conjuntura mata. Mata pela falta de estrutura hospitalar, mata pela asquerosa corrupção na compra de equipamento, mata porque de uma forma ou de outra, somos todos Bolsonaro.

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