Um dia desses vendo um vídeo da professora Lucia Helena
Galvão percebi de forma bem real uma daquelas
verdades que, de tão cristalinas ficam esquecidas em meia a crise ética
que a sociedade brasileira , e não apenas a classe politica , estar submersa .
dizia ela ’ ... sabe aquela pessoa que de tão ética que são, a simples presença
impõe outro comportamento nas outras pessoas? Na frente dela’, continua a
professora, ‘não se faz qualquer coisas.’ Pois é, ao ouvir essa expressão tão
antiga a separei, no meu pensamento, do contexto aludido pela professora e
comecei a me fazer a seguintes pergunta: será que eu sou o tipo de eleitor na
frente de que um politico ficaria inibido de fazer o mal feito ? ou será que
apesar de reclamar da imoralidade da politica, e mesmo tento razoes para fazer
tais criticas. Eu não sou parte dessa imoralidade?
Um pensamento simplista diria- ‘Uéh, não fui eu quem pegou
na mão do Sergio Cabral quando ele foi assinar os contratos superfaturados, eu
não empurrei o Lula para dentro do sitio de Atibaia.... ‘É claro que nenhum de
nós, eleitores cometemos essas ações, obviamente esse, e muitos outros atos de
falta de compromisso ético foram cometidos pela total falta de respeito que há
década acomete a classe politica no Brasil. qualquer pessoa minimamente atenta
a história republicana brasileira é capaz de sinalizar as causa desse fenômeno.
Mas, persisto na pergunta desse texto: será que se o vereador em que eu votei
soubesse que eu votei nele ficaria constrangido em cometer um mau feito?
A pergunta central desse texto é: que tipo de eleitor, ou
melhor, que tipo de cidadão , eu sou ? será que, como o exemplo da professora, como
eleitores somos qualquer um? Daquele tipo de gente que as outras agem
despudoradamente, pois, a presença é incipiente. É esse o ponto de convergência
que gostaria de estabelecer entre o cenário da cidadania brasileira e a fala da
professora. Me parece que há um fenômeno de apequenar do homem no âmbito da coletividade,
quando eu diminuo o ‘homosapien’ perante o coletivo nos tornamos ‘qualquer um’,
pessoas que agem por intolerância , ou uma ‘contra intolerância’ que resplandece
uma radicalidade tão peçonhenta como a intolerância a se opõe .
A intolerância atrofia a minha humanidade, e que eu me torno
um ser humano ‘pequeno’ , certamente eu me vulgarizo na minha cidadania , eu me
torno ‘qualquer um’ politicamente.
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