Esse texto tem tudo para ser um daqueles meus textos já batido sobre inclusão das pessoas com deficiência. Juro que lutarei bravamente para não ser esse o foco desse artigo. O que chato é essa mania que se pasteurizar os individuo que, sejam de fato , pertencentes a uma mesma sociedade , sejam totalmente diferentes ( sejam culturalmente , étnica ou ate mesmo fisicamente) as custas de um argumento que a gente teima em reafirmar. ‘todos somos iguais’. Porque? ou melhor, ‘quem te disse que eu, que babo ,não ando e não falo merda nenhuma estou a fim de ser igual a você que anda e fala?- calma, não e um daqueles textos sobre inclusão tive uma recaída mas já voltei ao centro do argumento-
Parece que a gente somente consegui validar o outro , sua fala, suas opiniões ECT , a medida em que a gente busca ver nesse outro algo de nós mesmo: algo que , na minha cabeça , normatize a existência daquele sujeito tentando o moldar segundo os meus valores , as minhas escolhas , a minha altura ... ueh e daí se o cara for anão, boiola e flamengo ? será que isso o descrencializa como sujeito? A gente só não vai ao maracanã juntos.
Meu lado humorista a parti , o que gostaria de conversar, com você, leitor é que, apesar de vivermos num contexto social de democracia quase em todo mundo, salvo alguns países, a nossa ação como sujeito ainda acontece em cima de valores e representações sociais altamente unilaterais . Um singular exemplo disso é o famigerado ‘politicamente correto ‘ que, simplesmente, condiciona o pensar de pessoas com historias, cultura e percepção de totalmente disporás, a ser de um único modo , como que tudo aquilo que não caiba naquela caixinhas de idéias iguais , ‘boazinha’, e de bom tom, não merecesse ser posto na mesas. Uéh se for para todo mundo pensar a mesma coisa não precisaríamos ter saído dos regimes totalitário que vivíamos no século passado. Porque alguém não pode pensar , ser , existir socialmente opostamente ao que eu sou ? E isso ser algo com que eu conviva, aceite e, quem saiba , aprenda algo nem que seja que, definitivamente , não quero ser igual a aquele cara . Toda via, exercício que, me levaria a ser mais convicto daquilo que sou , só é possível a medida em que eu saiu dessa camisa de força do ‘politicamente certinho’ e viva o confronto , a discussão. Em suma , a democracia .
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