Por que o governo Bolsonaro é a favor da escola especial

No plano geral , numa analise mais ampla, pode-se se afirmar que o atual governo tem como fundamento ideológico o clientelismo. Ou seja, a supressão da cidadania, do estado de direito, em detrimento de uma relação de privilégios dirigidos a determinados grupos que “interessam” aos grupos de extrema direita que tomaram o poder em 2018 . o que o atual escândalo no Mec tem a ver com a opção do atual ministro pela educação especial? Se tivemos um olhar desatento e pouco critico, a resposta será “nada”. Mas, se formos capazes de exercitar a nossa análise política sobre o jogo que está sendo jogado pelo governo Bolsonaro  vamos ver que o ideário da escola especial  é uma flamula perfeita do modo de governar do atual ocupante do palácio do planalto . É fácil constatar que o ideário que emergem com a ideia da escola inclusiva vem casado com o protagonismo social de vários segmentos da sociedade que, historicamente, foram e são visto pelo viés do assistencialismo.

Quando olhando para historia da pessoas com deficiência na sociedade brasileira vamos ver que até a década de oitenta a visão prevalente  da promoção do bem estar dessas pessoas devesse ser tratada pela perspectiva da  filantropia, como se a existência do indivíduo com deficiência fosse – e era – uma questão de caridade e não de direito.  

O pensamento que sustenta a ação de instituições constituídas nesse primeiro momento do que algumas pessoas chamam, de movimento das pessoas deficiente, é pautado fundamentalmente na dependência,  na caridade, do amor sublime do outro , essas entidades vão dizer à sociedade que a pessoa com deficiência é incapaz de ser por si mesma , prevalece nesse momento , nessas Associações e entidade o imperativo do paternalismo, que nasce , como já falamos, na própria estrutura representativa desse segmento. Diferentemente, por exemplo, do movimento negro,  que claramente tenta romper com a visão que a sociedade ate hoje tem dos homens e mulheres negros, grande parte das entidades que norteiam a temáticas da vida das pessoas com deficiência nutrem essa visão conservadora. A titulo de curiosidade lemos o Estatuto Social de uma das APAE’s e observamos que em nenhuma das modalidades de sócios da entidade, é possível se incluir pessoas com deficiências , no máximo são admitidos pais que tenham filhos excepcionais.

A ideia da escola inclusiva surgi , na década de 90. Como uma contraposição a visão paternalista vigente até então e que compõe a visão sobre as pessoas com deficiência que imperar aos setores que compõe o atual governo. Não é atoa que quem manda no Ministério da Educação  é a ala evangélica. Além do mais é bem
mais fácil se manipular os Downsinhos da APAES, e suas famílias , fies a uma estrutura paternalista do que individuo, que apesar da sua deficiência, é sujeito inserido no Estado de direito.    




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