Olhar para um ser humano a partir do fato de que esse individuo tenha deficiência é, certamente , aniquilar a própria visão do outro. É exatamente essa redução do meu olhar sobre o outro é o que o preconceito faz na mente de quem filtra a sua visão do outro através dos estereótipos que apenas replica um modo de ver torto . biologicamente o ser humano é o animal mais dependente , mas ao mesmo tempo , o individuo humano é o ser mais complexo que possa existir no contexto psicológico , emocional , conceituosamente .. se lançamos mãos de uma figura filosófica, poderíamos dizer que o ser humano é o mais precário dos seres vivo. Porem, dentro dessa fragilidade , esse animal que leva em media os 8 anos primeiros anos da sua vida sendo totalmente dependente dos seus progenitores , é o ser mais aprimorado que existe. Essa ambiguidade inata a condição humana é um campo muito rico de reflexão a respeito da visão sociológica que tem-se das pessoas com deficiência.
Pessoa com deficiência? Como assim? Como estabelecer como seres deficiente, parte de uma espécie que, por essência traz a precariedade como característica? Se a deficiência é justamente o imperativo dessa espécie? Haveria os ‘deficientes dos deficientes?’ vamos , para efeito de um exercício de argumento , supor que sim. Temos dois problemas de cara: primeiro é que paramentos seriam usados para definir a perfeição humana? E mesmo supondo que um grupo de aspectos, físicos , mentais e censórias que sejam potentemente representativos para definir a incapacidade de parte dos humanos em relação aos demais da mesma espécie, cabe a pergunta: será que esse grupo de grupo de aspectos são determinantes para taxar um individuo como inapto?
A construção da deficiência não pode ser um elemento da percepção social, coletiva, sobre um segmento da sociedade que não enquadra-se nos patrões de normalidade? Tomamos como exemplo um atleta paraolímpico, que consegui atingir o nível de excelência em sua modalidade. Como poderíamos qualificar como ‘deficiente’ um individuo, que com menos possibilidades as que alguém qualificado como normal , conseguem superar seus limites e executar uma ação que a maioria dos ‘normais’ não conseguem?
Eu poderia elaborar vários outros exemplos de como é , no mínimo , pouco inteligente qualificar uma parcela da humanidade como ‘pessoas com deficiência’ , se o que nos definir como espécie humana é o fato de sermos ser incompletos, em busca de superar nossas deficiência. Mas , prefiro deixar vocês ‘normais’ com uma pulga atrás da orelha, a minha deficiência todos podem ver, e eventualmente , olhando para ela de frente, eu consiga ameniza-la , e a sua?
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