Quando eu era menino e morria alguém na rua em que eu morava , com meus pais e minha irmã , de uma forma ou de outra todos nós ficamos enlutados. Ninguém era ‘politicamente cobrado’ . toda via, havia um recato nas pessoas que nos colocava no lugar da família que, por ventura , houvera perdido seu ente querido , por o motivo que fosse. No atual cenário sócio politico do brasil em que 315 mil pessoas morrem, na mais grave pandemia da historia, parecemos todos mortos para a dor do outro. De outro modo , como podemos explicar? O fato de caminhamos impunimente sem mascara pela rua, quando todos os estudos mostram a eficácia desse simples habito na desaceleração do contagio do covid19. Nós respeitamos a dor do próximo?
A morte do ator Paulo Gustavo parece ter colocado um pouco
de humanidade, pelo menos nos canais midiático. É justo que isso aconteça, o
ator era alguém de projeção nacional pelo seu talento. É compreensível que o
falecimento de uma personalidade pública nos religue ao sentimento de luto,
parece que esse ‘Outro’ que partiu acolhe uma dor que todos nós, que não
tínhamos qualquer convivência efetiva com essa personalidade, sentimos por seu
falecimento. Isso tudo é compreensível. Se associa a isso o fato da morte do
ator ter se antecedido por um longo período de sofrimento , o que faz com que
as pessoas se aproxime ainda mais desse personagem depositário de uma dor
coletiva. Enfim. Há inúmeros motivos para essa comoção .
O que parece estar fora do
lugar é a nossa ausência do mesmo luto pelo milhões de Paulos Gustavos
que morreram e ainda vão morrer devido a
condução genocida da pandemia por parte do governo Brasileiro ainda não foi
capaz de fazer o básico. Um dos muitos Ministros da Saúde desse governo, Luiz
Henrique Mandetta, à CPI foi claro quanto a forma criminosa que o atual
presidente conduziu a pandemia desde o inicio.
Quantos ‘Paulos Gustavos’ terão de morrer para que, dentre
outras coisas, as autoridades desse País prendam os assassinos de Fardas desse
governo. É vergonhoso que o exercito
brasileiro se acumplicie da forma mais
canalha criando subterfúgio para que o assassino Eduardo Pazuello se apresente
à CPI explicar, por exemplo, porque durante a sua gestão no Ministério da
Saúde, o País quase que quadruplicou o número
de morte por Covid19? Porque o Brasil ainda é o país que menos testa?
Saindo da esfera da responsabilidade, ou melhor, da total
falta de responsabilidade , das autoridades, que deveriam dá o exemplo, quantos
Paulos terão de morrer para você usar mascara? Preservando a sua vida, a vida das
pessoas da sua família que estar em risco cada vez que você promove aglomeração
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