Quando falamos do reconhecimento da cidadania das pessoas
com deficiência, que diga de passagem, representa 14 % da população brasileira,
temos de ter um olhar mais profundo sobre esse tema. É preciso se começar pelo o começo, pela a
radicalidade do que é a própria palavra ‘cidadania’. O que é considerar como
cidadãos centenas de indivíduos que historicamente jamais foi considerado com
tal. A penas esse começo de nossa conversa, por si, já daria pano para manga.
Caso, levássemos a sério o processo de cidadania das pessoas com deficiência.
indo mais além no nosso papo , precisamos olhar para o processo da cidadania como
um instrumento que pretende equilibrar relações sociais , que por natureza são
desiguais. E tão ‘malabarismo’ de se conjugar valores, princípios, preceito , e
no caso, a própria constituição física diferente sim, Quando falamos de estado de direito , de
promoção de cidadania e , em democracia, estamos primando por uma sociedade em
que segmentos minoritários tenham espaço e voz na sociedade. Esses são os
princípios de qualquer processo de reconhecimento da cidadania de qualquer
segmento social marginalizado ou desfavorecido na construção histórica de uma
nação.
No caso das pessoas com deficiência esse processo precisa
ser visto com uma singular percepção. É preciso perceber , primeiro , que toda
ação de afirmação da cidadania da pessoa com deficiência deve está vinculada a
uma mudança da representação sociológica dessa pessoa. É fato que ‘nós’ , nós
sim eu e você, ainda conceituamos as pessoas com deficiência com padrões culturais
e sociais, da era medieval, nós ainda convivemos com a ideia que pessoas com deficiência
podem , e que algumas delas precisam , ser confinadas em instituições . nós ainda
não compreendemos que as crianças com necessidades especiais precisam, ‘SIM’, está
no ensino regular, não imposta a estrutura que esse aluno precise para está ali,
é direito e não ‘favor’. Não é atoa que quando as chamamos de ‘especiais’- não
existe cidadãos especiais. O que existe são sujeitos de direitos que vão
exercer sua cidadania no espaço da sociedade. Essa excepcionalidade com que tratando
as pessoas com deficiência é a coisa mais mau sã que pode existir. Torna o
debate da inserção social das pessoas com deficiência, um debate manco, torto ,
que já nasce errado .
O segundo ponto é que grande parte das vezes a inclusão erra
, e erra feio, é que ela parte de alguém
a quem pouco conhece e de quem se fala
do alto. As pessoas com deficiência é muito mais um ‘palanque’ do que um
individuo com quem a sociedade tem compromisso . quando promove uma ação inclusiva
deve considerar toda a sociedade, a minha cidadania não pode ser maior do resto
da população. O meu direito , o meu ‘espaço’ da sociedade precisa conviver no espaço
politico social da sociedade brasileira. Em outras palavras, quando eu entendo
que, por exemplo, que a acessibilidades urbana precisa ser um valor ético da
sociedade, não uma perfumaria social que atende um pedaço da população. Aqui eu
chego no amigo da inclusão das pessoas com deficiência.
Enquanto a inclusão das pessoas com deficiência não considerar
aquele que não tem deficiência ela sera apenas uma retorica feita para não dá
certo.
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